Comportamento de atletas frente às lentes



Estudar comportamento e observar o mesmo é algo fantástico, ainda mais na área do esporte que tem a facilidade de deslumbrar e explorar vários cenários comportamentais. Porém, deixo claro, já de início que essas observações descritas sobre o assunto “comportamento de atletas frente às lentes”,  não são REGRAS, ou seja, não se aplica a todas as situações e pessoas. Lembramos sempre, que cada pessoa tem seu estilo, suas subjetividades e ações. Levando essas considerações, sigo no assunto de dizer que comportamento está ligado as questões mentais e psicológicas, nosso agir tem motivo, tudo tem uma origem que inicia na mente.
Nosso comportamento revela um pouco de nós. Com os recursos atuais, como das mídias sociais e com elas as fotografias, os atletas estão mais expostos visualmente. Assim, tem maior acesso para estar analisando essa exibição. Hoje irei falar sobre a análise de registros fotográficos. Observando varias fotos aleatórias ( viagens de avião, foto de reuniões, jantas, almoços, etc.), e no caso capto de um esporte específico, o futebol. Vejo os considerados ídolos pela torcida, que os torcedores têm um carinho especial, ou talvez aqueles atletas que quando fala no time vem logo na memória. São justamente estes que sempre estão mais na frente. Sua posição e localização, tem certa evidência.  
Certamente este :”estar na frente” , pode ser algo inconsciente. E habitualmente é algo não pensado, planejado, pois, é uma habito da pessoa, é do estilo do atleta e da maneira que ele tende a se comportar . Talvez, mostra-se algo também de liderança, confiança entre outros aspectos. Não faço julgamento, pois, cada atleta tem seu costume e isto deve ser respeitado. Contudo, se observar e analisar geralmente (não é regra) atletas que são nomeados de “ídolos” ou passam certa confiança terá atitudes e posicionamento (comportamento) de se colocar na frente, não só na foto, mas, de querer entrar na frente das poltronas, nas reuniões desejar falar, nas palestras estar nos primeiros bancos da fila, descer ou subir por primeiro no banco, querer conversar com os jornalistas, dar entrevista, falar muito com o técnico, etc.
Então todos devem agir assim? Obvio que não, novamente : Cada um tem suas características e individualidades. Não podemos moldar as pessoas .  Mas talvez, algo que se tem que pensar é que quando o comportamento extrapola os limites ( quando é uma atitude excessiva), deveriam receber certo cuidado. Exemplo, se essa pessoa sem querer sempre fica atrás ( e aqui não é a desculpa do tamanho), ou nas pontas, em uma posição de DISTÂNCIA, não querer nunca estar perto, próximo ( isto pode ser uma manifestação, e manifestação pessoal, é por isto que cada situação merece uma análise cautelosa e singular).
Esses comportamentos podem transmitir em uma imagem visual algo que tem haver com a: percepção. Uma percepção que ocasiona um afastamento, nossa mente grava isso, a  percepção visual gera isso. Sem perceber, nossa mente é induzida a “achar” que os melhores estão na frente, ou então, se as mesmas pessoas sempre estiverem colocadas na frente essas imagens vão penetrando inconscientemente uma sessão e uma percepção ilusória. Quem trabalha com fotográfica sabe também disso, não é por acaso da existência de ferramentas como: foco/desfoco, zoom, brilho, etc. Sem percebemos sempre terá algo que se destaca, seja em uma manchete (o que esta na frente parece ser a informação principal, na foto de família os mais velhos estão posicionados no centro, na festa de aniversário o aniversariante está no centro junto com o bolo, etc. Tudo isso é algo cultural, algo que vai marcando nossas atitudes e fomentando a ideia das mesmas) aquilo que capta atenção das pessoas.
Este texto é reflexivo, e talvez uma maneira de melhor distribuir os espaços quando se refere-se a equipe, se existe um grupo muito dividido, ou aqueles que querem sempre estar no comando, essa pequena atitude de variar as posições repassam uma informação de melhor uniformidade e união. Lembrando, aqui estávamos falando da percepção mental e visual, junto com pesquisa de observação de ações de atletas e o quanto esses “mínimos” comportamentos podem intervir e repassar. Passando imaginariamente  uma informação através de uma imagem visual. E confirmo aqui que uma imagem visual( não só de comportamento) passa uma mensagem, e muitas vezes fixas as mesmas na mente da pessoa, sem percebe-las ou existir intencionalidade.

Patricia Cassol Eickhoff

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